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INFORMAÇÃO IMPORTANTE:Doença Renal e COVID-19

20 de julho de 2020

Doença Renal e COVID-19

COVID-19 significa "doença do coronavírus 2019." Ela é causada por um vírus chamado SARS-CoV-2 que apareceu pela primeira vez no fim de 2019 e se espalhou rapidamente pelo mundo. As pessoas com COVID-19 podem apresentar febre, tosse, dificuldade respiratória e outros sintomas. Os problemas respiratórios ocorrem quando a infecção afeta os pulmões e causa pneumonia. A maioria das pessoas que são contaminadas pelo coronavírus não apresentam casos graves.

Tenho maior risco de adquirir COVID-19 se tiver doença renal?

Pessoas com doença renal e outras condições médicas crônicas graves apresentam risco maior para uma doença mais grave.

O CDC (Center for Diseases Control and Prevention) identificou os seguintes grupos de risco para COVID-19:

  • adultos mais velhos
  • qualquer pessoa com as seguintes condições médicas:
    • diabetes
    • doença cardíaca
    • HIV ou sistema imunológico enfraquecido
    • asma 
    • doença renal crônica com necessidade de diálise
  • gestantes

Pacientes em diálise podem ter sistemas imunológicos mais fracos, dificultado o combate a infecções. Entretanto, é importante saber que pacientes renais precisam continuar com seus tratamentos de diálise agendados regularmente e tomar as precauções necessárias conforme recomendado pela equipe de saúde.

Pessoas com um rim transplantado precisam tomar medicações antirrejeição (também conhecidas como imunossupressores). Essas medicações atuam mantendo o sistema imunológico menos ativo, o que pode dificultar o combate a infecções. É importante continuar tomando essas medicações.

Insuficiência renal aguda (IRA) e COVID-19

Relatórios iniciais realizados em Wuhan descobriram que aproximadamente 3% a 9% dos pacientes internados com confirmação de COVID-19 desenvolveram IRA. As taxas de incidência aumentaram para 15% de pacientes internados e 20% ou mais em pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que muitos precisam de tratamento de diálise. A IRA parece ser um marcador da gravidade de infecção da COVID-19 e a taxa de mortalidade é maior para esses pacientes.

Alguns efeitos relacionados à COVID-19 que parecem contribuir para a IRA incluem lesão tubular renal (necrose tubular aguda) com choque séptico, micro-inflamação, maior coagulação sanguínea e provável infecção direta dos rins. A maioria dos pacientes com IRA relacionada à COVID-19 que se recuperam, continuam tendo a função renal reduzida após receberem alta do hospital.

Implicações de longo prazo da IRA

Recomenda-se que pacientes recuperados de COVID-19, que tiveram IRA, sejam vistos regularmente por um nefrologista, porque o risco de desenvolver doença renal crônica é maior que em outras pessoas. Os pacientes de COVID-19 que não desenvolveram IRA, mas tiveram sangue e/ou proteína na urina (hematúria e/ou proteinúria), devem ser monitorados, sendo que possuem um risco maior de desenvolver doença renal crônica e falência renal terminal (com necessidade de terapia substitutiva renal).

Pontos principais para pacientes com doença renal

A COVID-19 é um vírus novo e, portanto, as pesquisas começaram há pouco tempo. Algumas hipóteses - ideias baseadas em muito pouca evidência - foram feitas sobre os efeitos de certos remédios na COVID-19, mas nada foi provado. De fato, as principais organizações de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o CDC não recomendam que pacientes interrompam qualquer medicação específica a fim de diminuir as chances de ser contaminado pelo coronavírus ou tornara doença menos grave.

Medicações de pressão arterial chamadas inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECAs) e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRAs) NÃO devem ser interrompidos, a não ser que recomendado por um profissional de saúde. Esses remédios são essenciais para controlar a pressão arterial em pacientes com doença renal. Interrompê-los pode causar ataque cardíaco, infarto ou função renal reduzida. Pacientes com rim transplantado não devem parar de tomar os imunossupressores nem diminuir as doses, a não ser que indicado pelo médico. Interromper os imunossupressores provavelmente causará a perda do rim doado. Pacientes com doença renal são geralmente aconselhados a evitar anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno. Em geral, nefrologistas recomendam paracetamol e dipirona para o alívio da dor e redução da febre.


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