Planejar a alimentação para que esta possa promover saúde é fundamental, porém, mesmo quando alguns problemas de saúde aparecem, buscar melhorar os hábitos alimentares pode modificar a evolução destas doenças, evitando novos riscos e melhorando a qualidade de vida.
É necessário cuidar da alimentação em casos de doença renal?
O acompanhamento nutricional nas doenças renais faz parte do tratamento, e tem como objetivo promover a melhor nutrição ao paciente, buscando o estado nutricional adequado. A dieta tem como foco evitar a progressão de doenças que podem estar ocasionando a perda de função renal, como por exemplo a hipertensão e o diabetes (doenças de base).
Quando se está mais bem nutrido, mesmo com a presença de doença renal já instalada, o paciente costuma ter melhor qualidade de vida e menos complicações. Ou seja, a desnutrição possui impacto negativo na evolução das doenças renais.
As necessidades nutricionais são diferentes em cada momento da doença renal crônica: tratamento conservador, dialítico (hemodiálise ou diálise peritoneal), transplante renal ou ainda em casos de litíase renal.
O que é importante sobre a alimentação no tratamento conservador da doença renal crônica?
Durante o tratamento conservador, o foco da dietoterapia é tratar as doenças de base e, assim, retardar a perda da função renal. Neste sentido, a avaliação para possíveis hábitos alimentares que possam prejudicar este controle deve ser realizada.
Pacientes com dietas ricas em produtos industrializados e sal de adição, devem ser encorajados a reduzirem o consumo de sódio, preferindo produtos in natura e minimamente processados. Assim como o consumo de proteínas deve ser controlado, ou seja, alimentos de origem animal (carne e derivados, leite e derivados, ovos) devem ser consumidos moderadamente. O profissional nutricionista irá realizar o cálculo do consumo adequado destes alimentos para cada paciente, levando em consideração o estágio da doença, características pessoais e preferências alimentares.
Outras restrições, como de potássio e fósforo na dieta, devem ser realizadas de forma criteriosa e somente quando necessário.
Entender os hábitos alimentares e as preferências de cada paciente é fundamental para evitarmos restrições desnecessárias e difíceis de serem seguidas. As modificações para uma dieta mais saudável devem ser duradouras, portanto, estas mudanças devem ser possíveis e adaptadas a cada realidade.
O que posso fazer para reduzir o consumo de sódio da minha alimentação?
O excesso de sódio consumido costuma ser proveniente da quantidade de sal adicionado aos alimentos, assim como do consumo excessivo de produtos alimentícios industrializados. Portanto, reduza o seu consumo e prefira temperos naturais para aumentar o sabor de suas refeições. Um profissional nutricionista pode lhe auxiliar nas melhores escolhas.
Nutr. Dra. Rafaela Caron Lienert CRN2 7306 Currículo completo no Lattes